
O Einstein do Sexo é o apelido dado em 1931 pelos jornais norte-americanos ao famoso sexólogo Magnus Hirschfeld, um judeu homossexual e socialista. Em 1897, ele fundou o primeiro grupo político gay da História. Em 1920, abriu seu Instituto de Ciências Sexuais em Berlim – a entidade foi alvo de diversos comentários pelo mundo e se mantém única. Hirschfeld morreu em 1935, exilado na França, dois anos depois de ver todo o trabalho de sua vida destruído pelos nazistas.
O longa revela a personalidade e as experiências de Hirschfeld por meio das principais figuras que atravessaram sua vida. Entre eles, o barão Von Teschenberg, alvo do amor impossível do sexólogo; o jovem Karl Giese, com quem ele passou anos felizes – Giese cometeu suicídio em 1938, na ex-Tchecoslováquia, ao fugir de nazistas. Somam-se à essa galeria o escritor de direita Adolf Brand, principal opositor da causa homosseuxual na época de Hirschfeld, e o travesti Dorchen, o "anjo da guarda" do sexólogo, uma figura de grande inteligência e coragem, cujo paradeiro é desconhecido.
Sua história não poderia nem deveria ser contada como farsa. Ganha o tratamento adequado - dramático e contundente - por parte de Rosa von Praunheim. Rosa nasceu em Riga, em 1942. Estudou pintura e belas-artes em Berlim, nos anos 60. Em 1968, tornou-se assistente do cineasta underground Gregory Markopoulos. No mesmo ano, iniciou sua obra autoral, obtendo grande repercussão com um semidocumentário de título esclarecedor - "Não É o Homossexual Que É Perverso, mas a Situação em Que Vive".
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